No sábado (07.03.2009), o Presidente do Sudão Omar Bashir dançou em frente a uma multidão usando roupas típicas e determinou o fechamento de 16 agências de ajuda humanitária: 13 internacionais e três locais.
É a clássica conduta de um ditador populista. Usa um chapéu com penas em praça pública para, numa mensagem subliminar, convencer a população de que luta pelo seu país; mas, por outro lado, realiza uma conduta que aumentará vertiginosamente o número de mortes no Estado.
Bashir desqualificou as organizações humanitárias e o Tribunal Penal Internacional.
Ora, se não há o que temer, o Presidente do Sudão deveria se dirigir à Corte e defender-se. Ao contrário, como não pode fazê-lo, tenta desacreditar o TPI.
Com tal conduta, consegue apoio do líder líbio, Muammar Kadafi.
Parece que ele está em ótima companhia, agora...
Muammar Kadafi afirmou a Ban Ki-Moon, Secretário Geral da ONU, que "A ordem de detenção do TPI é um grave precedente contra a independência e soberania dos países pequenos”. Na mesma toada, disse que “as ações deste tribunal são seletivas".
Um Tribunal cujo Estatuto já foi assinado por 139 Estados e já tem 108 ratificações não deve ter sua credibilidade questionada, ainda mais por quem não tem nenhuma autoridade na defesa dos direitos humanos.
E então descobriu-se um tratado de 1954…
Há 13 anos
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